quarta-feira, 26 de setembro de 2007

AMASSANDO BARRO...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
26.09.07 @ 10:46

É lamentável lermos a manchete de que o Brasil ocupa a 122 posição dentre os países que oferecem maior facilidade para se investir, segundo o BIRD, num universo de 178 pesquisados.

Isso é desalentador, sobretudo quando vivemos em um mundo competitivo, onde investimentos externos significam riquezas internas,arrecadação de impostos, geração de empregos e rendas, de que tanto necessitamos...

O mais crítico, ainda, é vermos que, entra governo e sai governo, não se tem notícias de políticas de longo prazo, planejamentos, parecendo que administramos o arroz e feijão cotidiano, à mercê de acontecimentos fortuitos...

O PAC, investimento na ordem de mais de 500 bilhões, atacando as fragilidades ( ou gargalos como se acostumaram a dizer) na evolução de nossa economia não têm o mesmo destaque dos que as mazelas produzidas aqui e ali, seja no parlamento ou no Executivo, vivemos, assim, como futriqueiros, ou moscas assentados em dejetos...

A constância que damos, ou a ênfase dada a tais fatos, tem nos feito raciocinar em círculos, fazendo-nos cada vez mais céticos em relação a tudo que se refira ao nosso País...

Poderíam ponderar que o mesmo ocorre em outras plagas, e que, pelo fato de exorcizarem Bush na imprensa Norte-Americana, ou a boataria sobre escândalos na família real inglesa, não impedem, todavia, de serem prósperos, apesar disso...

Sim, isso é verdade. O que me ocorre é desviarmos o foco, utilizando a imprensa, essa arma que tem a sociedade civil ( nem sempre bem intencionada ou imparcial, é certo) para cumprir a função precípua que é a de informar e, no caso, estimular o próprio parlamento a dar sequência às votações importantes - aliás, fazendo-os cumprir com suas obrigações de representantes dos interesses da sociedade...

Podem ter certeza de que não há político que não se preocupe com a sua imagem,vivem dela, correndo atrás dos holofotes...

O que não podemos é repetir o desgostoso e acomodado discurso: " é o governo que tá ai ..."

O governo que está ai, para o bem ou para o mal, é o que temos...

Agirmos como cupins roendo a viga mestra, ou apostarmos no circo pegando fogo, é sermos vítimas de nós mesmos...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

O PMDB PRETENDE "DAR SUSTO" NA VOTAÇÃO DA CPMF...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
25.09.07 @ 13:46

Fiquei pasmo ao ler a manchete, voltei e conferi -e é isso mesmo: parlamentares do PMDB, indignados com a nomeação de petistas na Petrobrás, pretendem retaliar o governo usando a votação da prorrogação da CPMF como arma...

Há quem possa defender essa postura ?

O nosso parlamento, desavergonhado, escancara sua face mais hedionda, mercantilista...

Os nossos ilustres parlamentares degladiam-se em nacos de Poder, pouco importando em discutir a matéria, sua relevância e necessidade.

Não se fala em exterminar com a distorção tributária, que dá origem a esses monstrengos, arremedos de que o Estado acaba por incorporar em sua receita e dela não pode prescindir.

Não se incomodam com a política maior, a questão de fundo, a busca de soluções para destravar o País de suas históricas amarras que o detém na marcha da ascensão como economia sólida...

Nada, nada interessa. Aumenta a voracidade por cargos, nomeações, barganhas, de forma tão cínica, que, sem pruridos, chegam os representantes da legenda darem até entrevistas como se fosse a coisa mais corriqueira...

Qual a diferença entre essa prática e a do condenável mensalão ?
Sim, que se pague em mensalidades aos venais insaciáveis, sai mais barato para os cofres públicos...

Pobre País, em que o bandido, por ser pilhado roubando, num abraço de afogado, vira herói por ter denunciado o próprio crime...

Para bom entendedor não se precisa dar nomes aos bois...

O ESTRESSANTE TRÂNSITO DE SAMPA...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
25.09.07 @ 10:10 SOBRE UM DIA SEM CARRO EM SAMPA

A idéia de um dia sem carro, apesar de utópica, foi bem recebida e, claro, descumprida...

O fato é que é inimaginável percorrermos grandes distâncias em uma megalópole como São Paulo, infelizmente dependendo exclusivamente do transporte coletivo.
Para acabarmos com aquela coisa de que tudo que é nosso é ruim,abro um parênteses, acho o metrô uma conquista, sobretudo pela limpeza dos vagões e estações ( já viram como é deprê assistir filmes norte-americanos com aquelas soturnas estações pixadas ?)

Tivemos um imenso avanço nos transportes coletivos sobre rodas na administração da Marta Suplicy, recordo-me do antes e do depois.

Os ônibus são espaçosos e confortáveis e as vias privativas encurtam distâncias, com estações finais de embarque e desembarque, onde antes proliferava a fedentina e o improviso de sanitários a céu aberto ( lembram-se do terminal Santa Cecília ou do terminal da Lapa ?)...

Apesar dos avanços, seja do metrô ou dos ônibus, ainda temos uma cultura de competição perigosa, onde motoristas de carros duelam com motorizados em duas rodas...
Ambos se acusam de desrespeito, onde o roto reclama do esfarrapado, esquecendo-se de que no interior dos carros ou no assento das motos, existe um Ser Humano sujeito a graves acidentes...

Vias como marginais e vinte e três de maio deveriam ter assegurada o tráfego de motos e bicicletas, como acontecem com espaços exclusivos para ônibus, seria bom para todos e, creio, teríamos menos ocorrências e estresse no trânsito de Sampa...

Precisamos ter mais iniciativas dessas, mesmo que descumpridas, nos levam a refletir sobre o assunto...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

PROGRAMA PARTIDÁRIO OU CARTA DE INTENÇÕES ?

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
24.09.07 @ 22:35

Talvez possamos classificar o programa partidário de carta de intenções, aquelas que os eleitos não se lembram de cumprir e o eleitor, passadas as eleições, tampouco se lembra de cobrá-la...

Nesse vai-vém, onde tudo é ficção, não temos partidos tidos como sérios, ligado aos princípios ou ideologias, mas a interesses de sobrevivência de seus membros...

Assim, a transferência de um parlamentar de uma sigla para outra, pouca importância parece ter, a não ser a falência de qualquer compromisso programático, onde haveria de estar a razão de ser de qualquer candidatura.

Livres e soltos,os eleitos, ao sabor das conveniências, põem em xeque o parlamento e a representação política esgarça-se no descrédito crescente que passa à sociedade...

Já são tidos como mercadores em balcão de negócios(ciatas), susceptíveis de nuances, ou metaforicamente, como em minha pobre tentativa literária " são frutos verdes, propensos ao farfalhar das folhas, sujeitos às ventanias efêmeras"...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

O SAMBA DO CRIOULO DOIDO...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
21.09.07 @ 13:46

Seria menos grotesco que fossem sinceros, sim, não dá para viver sem essa excrescência tributária denominada CPMF, ponto.

Mas..

Em permeio ao tema em voga, as velhas negociações e arranjos, onde o que menos importa é o que se discute, mas o que propicia a ocasião...

Propicia ?
Sim, é a hora de lembrar tais e tais pendências, promessas feitas e esquecidas, aquela emenda parlamentar engavetada, aquela indicação a um cargo que espera meses...

É aonde o Executivo e seus asseclas tornam-se mais receptivos aos membros do parlamento, esses acólitos do Poder que lá se encontram para a defesa dos interesses da sociedade ( pasmem !)...

E o balcão de bondades se estabelece, dá quem tem a caneta recebe quem deposita o voto...

Falha desse governo ? Injustiça.

O sistema está ajambrado nesses termos, foi assim, é, e será...

Repito: tal as aberrações na política tributária do País que não podemos viver sem a CPMF, nem neste e nem nos próximos governos, tal o descalabro nos ralos da arrecadação, na sonegação, nas propinas e na corrupção...

Ninguém entende ninguém, onde a oposição não convence nem a ela mesmo, fazer o que ?

Parem a música, mudem o disco, já cansou...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A ATROFIA DO PODER LEGISLATIVO E AS MPS

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
20.09.07 @ 10:46

Por vezes medidas tem ser tomadas de chofre, sem delongas próprias da tramitação burocrática imposta aos Projetos de Lei, que, além dos debates, tem seu ritual de ser analisado em comissões específicas, dependendo do tema e aprovado nas duas casas legislativas ( Câmara e Senado)...

Por fim, é mais um expediente a ser utilizado eventualmente que tornou-se, na prática, habitual.

Dessa forma, o Executivo não apenas cuida da execução das leis, como também legisla.

Não poderemos, todavia, atribuir um poder discricionário ao Executivo, visto que as medidas provisórias podem ser revogadas pelo Legislativo, que assume, assim, apenas parte de sua função, a de fiscalizar em detrimento ao de produzir as Leis...

Disso poderemos inferir com alguma certeza o resultado prático do distanciamento da população com os seus representantes no parlamento, onde se sobressai apenas a figura do Executivo.

O sistema presidencialista brasileiro enaltece em demasia a figura do Presidente, como se o parlamento fosse acessório...

Basta perguntarmos em qualquer esquina: para quem você votou, nas últimas eleições, para deputado ou Senador ( no plano federal) ?

Para presidente, com certeza, todos se lembrarão...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A CORRUPÇÃO...

Coment�rio de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
17.09.07 @ 17:29

Citada como um ponto desfavorável ao atual governo, de acordo com a IPSOS PUBLIC AFFAIR, divulgada ontem, domingo, no Jornal o Estado de São Paulo, com exclusividade...

Os demais itens desfavoráveis: apagão aéreo e descaso com a Saúde...

Curiosamente, é preso em Mônaco, Salvatore Cacciola, que deu de prejuízo aos cofres públicos a bagatela de 1,5 bi, isso em 1999, por ocasião da desvalorização do real, no governo FHC. O fato deu origem à demissão do presidente do Banco Central à época, além de punições a outros funcionários da Instituição.

Cacciola ficou algum tempo preso e obteve o habeas corpus concedido pelo STF, através do ministro Marco Aurélio de Mello, bateu asas e escapou...

A revista Isto É traz novidades sobre o esquema original do Mensalão, fazendo menção à próceres do tucanato,senador Eduardo Azeredo, o governador mineiro ( eleito e reeleito) Aécio Neves, além do ministro de Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia...

Renan Calheiros, a bola da vez, noticiado enfadonhamente por mais de 100 dias, foi ministro da Justiça de FHC, além de líder no senado, no governo Collor...

Como pode ser ver, as figuras só mudam de posição no tabuleiro...

sábado, 15 de setembro de 2007

A CPMF, QUEM DIRIA, UM MAL NECESSÁRIO...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
15.09.07 @ 10:28

Nem sempre comentar sobre algo é fácil, principalmente quando o assunto é antipático, mas ponderemos...

É compreensível que qualquer cobrança imposta, seja a que rubrica for, é execrada pelos contribuintes que se sentem lesados pelo Estado voraz...

No caso da CPMF, que surgiu escudada numa boa causa, o eterno caos da Saúde Pública, e foi permanecendo...

A discussão se é prorrogada como está ou modificada, desfoca o assunto principal: o fim da cobrança, como na velha e conhecida estória do bode na sala...

Nesta semana que se finda, as manchetes trouxeram uma realidade alarmante: o percentual no PIB da sonegação chega próximo ao da carga tributária !!! Ou seja, reclama-se da alta carga de impostos mas também não se recolhe, brincando de cobrador e cobrado...

Há situações difíceis de o contribuinte se safar, como no recolhimento na fonte do IR sobre salários, nisso a classe média dança bonito ( mais uma vez !)...

Como modelo de arrecadação, através das transações bancárias, o método é perfeito na questão da CPMF, pois universaliza a cobrança e atinge a todos...

O Brasil pode prescindir-se dessa receita de quase estimados 40 bilhões ?

Que tal desonerarmos alguns tributos, notadamente em setores detectáveis de maior possibilidade de sonegação e de difícil controle fiscalizador - e ampliarmos a cobrança via transações com cheques ?

Aliviarmos, talvez, a alíquota do IR para pessoas físicas, como forma de se colocar maior recursos em circulação via consumo, além de naõ se espremer a já tão sufocada dita "classe média" ?.

Ou ainda se estudar a desoneração sobre a folha de pagamentos de salários para as empresas, estimulando-se maior contratação de empregados, gerando, enfim, empregos e renda ?

Fica a sugestão para se refletir, visto que o fim do dito imposto é balela...

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A SOCIEDADE PERDE COM A INTRANSIGÊNCIA, MAIS UMA VEZ...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
14.09.07 @ 09:45

Analisando friamente os últimos acontecimentos temo que continuemos no prejuízo.

- Não tenho ilusões quanto ao fim da CPMF, ela veio para ficar, faz parte do orçamento, conta-se com ela para remanejar recursos - é indigesto, sim, mas é real...

No plano político vejo mais jogo de cena do que real interesse em acabar com esse monstrengo, afinal é uma apetitosa arrecadação para qualquer governante, e os que hoje são oposição querem mantê-la em um sonhado futuro retorno ao Poder.

Pode-se aproveitar a oportunidade para compensação em outras arrecadações. A idéia genérica, ainda abstrata, do Guido Mantega em aliviar a tributação sobre a folha de pagamentos das empresas é algo que merece reflexão e aprofundamento. O momento pode ser este, ninguém desconhece como é caro gerar empregos no Brasil, qualquer medida nesse sentido será bem vinda e necessária.

A justificativa revanchista do resultado do imblóglio Renan Callheiros, parece insuficiente para emparedar os trabalhos legislativos com obstruções.

Infelizmente, a democracia tem suas regras, aos vencedores as batatas, já dizia um personagem de Machado de Assis, se não me engano o Quincas Borba...

O que chamo a atenção é para as necessárias votações pendentes, as quais, inclusive, interferem no andamento do Programa de Aceleração do Crescimento, ousada medida de investimentos na ordem de 500 bilhões e do qual o País tanto necessita...

Portanto, passada a ressaca, ilustres representantes: trabalhem !!!

Nós, o Zé povinho, agradecemos...

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

RENAN CALHEIROS: A NOVELA DE PREVISÍVEL FINAL...

Comentário postado no Blog do Márcio Mendonça - Jornal Estado de São Paulo, as 13;46 do dia 13 de setembro de 2007, quinta-feira.

No banco oposicionista, excetuando-se o Psol e demais pequenas representações partidárias, encontrava-se o PSDB e o DEM (ex-PFL), de quem o atual acusado foi ilustre ministro da Justiça no governo anterior comandado pelas 2 siglas que ora o condenam...Aliás, o atual acusado tem em sua folha corrida serviços prestados ao governo Collor de Mello, de quem foi líder no Senado...

Resolvi reler trechos de meus comentários sobre o assunto de 101 dias para cá, e, em ordem cronológica descendente, concluí que a Novela sempre teve um previsível final de impunidade...

VAI ACABAR EM PIZZA ?

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] ·
http://0.2.64.176/ 0406.07 @ 02:08

Parece que a clima tende a entrar em banho maria,apaziguado os ânimos contra Renan Calheiros. Primeiro com a fila de cumprimentos dos senadores hipotecando solidariedade ao colega que, numa mea culpa, tinha tudo para sair-se bem do episódio onde reconhece que errou ao ter uma fraqueza de homem e cometer o adultério, que resultou na paternidade indesejada, mas que, pai zeloso, amparou regiamente mãe e filha...

Ocorre que tudo isso é apenas a parte menor do desenrolar dos fatos.

A operação Navalha traz à lume escusas ligações do mencionado senador com o governo das Alagoas, do PSBD, Teôtonio Vilela, ambos entrosadíssimos com o dono da empreiteira Gautama, recém beneficiado com um habeas-corpus, que o livrou da carceragem.
Isso é que se depreende das escutas telefônicas, dos aditamentos milionários de contrato de obras a cargo da referida empresa,obras, inclusive, inacabadas ou mesmo que nunca começaram...


BALANÇA MAIS NÃO CAI: POR QUE RENAN NÃO CAIU AINDA ?

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante]19.06.07 @ 11:57

Indícios de maracutaias parecem não faltar. Há conversas sigilosas interceptadas, notas fiscais frias, documentos que não convencem, ditos e remendos, e o homem continua firme, sorridente, em sua pose monarcal...

Será que a Instituição Senado Federal é menos importante do que a figura do senador-presidente ? Ou todos os seus pares estão mancomunados nesse enredo kafkaniano ?

Terça-feira, 26 de Junho de 2007
AS NOTÍCIAS DA CORTE...

Insípidos, rotineiros e decepcionantes fatos nos demonstram que quem fala grosso mantém-se intocável, não duvido que Renan Calheiros venha a ser aureolado como injustiçado nesse processo todo...( Fernando Collor não foi ?)

Daqui não saio, daqui ninguém me tira, ou, eufemisticamente: "a palavra renúncia não faz parte de meu dicionário", enquanto uma velha figura já protagonista de outros escândalos parece vir à tona, o ex-governador de Brasília, Joaquim Roriz...

Terça-feira, 24 de Julho de 2007
BRASAS SOB AS CINZAS...

Nem o boi de piranha do Joaquim Roriz foi suficiente para aplacar a crise em que se enredou o Congresso Nacional com a indigesta questão Renan Calheiros...

Apesar de modorrento e cansativo o tema, há algo de saudável no horizonte.

Todos apostávamos que um fato novo seria o suficiente para arrefecer os incômodos do senador...

Foi Roriz, está sendo o Pan e também a tragédia aérea que comoveu o País, e Renan não teve o beneplácito de nossa habitual amnésia...

COMENTÁRIO AO BLOG DO ZÉ DIRCEU, SOBRE RENAN CALHEIROS
09/08/2007 20:21[
Ediloy A. C. Ferraro]
Motivado pela entrevista da Senadora Idelli Salvati no Blog do Zé Dirceu.

A permanência de Renan Calheiros, como todo esse desgaste que a novela política vem proporcionando tem respingado no prestígio do Senado, e, infelizmente, no PT e no próprio presidente Lula.

Cada vez em que tenta se defender o faz de forma que alimentam ainda mais as suspeitas sobre ele. Por ser da base aliada ao governo, gera uma confusão na opinião pública em que o denuncismo ou não, parece fazer parte do próprio governo...

Seria oportuno uma posição clara e de total independência do partido e do próprio governo nesta questão, pois isso vem dando fôlego a uma oposição combalida e desacreditada dando lhe espaços imensos na mídia oportunista...

Quarta-feira, 12 de Setembro de 2007

ENFIM, ACABOU A NOVELA DO RENAN CALHEIROS...
Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]12.09.07 @ 20:11

Nem todo enredo acaba agradando o público no final. Quanto a mim, que já não suportava o assunto por me provocar náuseas foi um final esperado, menos pelo mérito do resultado, mas simplesmente por ter chegado ao fim da lenga-lenga...

Enquanto o STF dá um brilho em sua decisão de acatar as denúncias levantadas pela Procuradoria, o legislativo demonstra que é pífio, venal e escandalosamente corporativo...

Placar pró absolvição de Renan Calheiros em suspeitissima votação e sessão secreta no Senado Federal :

A favor da permanência e pelo fim do processo de cassação: 40
Contra o Senador acusado e pela cassação : 35
Abstenções: 6

Não era previsível já há 101 dias atrás ?

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

ENFIM, ACABOU A NOVELA DO RENAN CALHEIROS...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
12.09.07 @ 20:11

Nem todo enredo acaba agradando o público no final. Quanto a mim, que já não suportava o assunto por me provocar náuseas foi um final esperado, menos pelo mérito do resultado, mas simplesmente por ter chegado ao fim da lenga-lenga...

Enquanto o STF dá um brilho em sua decisão de acatar as denúncias levantadas pela Procuradoria, o legislativo demonstra que é pífio, venal e escandalosamente corporativo...

O Senado Federal já protagonizou outras façanhas de fazerem corar os mais espertos...

Antonio Carlos Magalhães, Jáder Barbalho, entre outros, que tiveram a saída da renúncia para manterem-se elegíveis, apesar dos pesares que recaíram sobre ambos...

No caso em tela, do Renan Calheiros, a trajetória ascendente de fatos novos e desairosos ao acusado pareciam emparedá-lo irremediavelmente, ledo engano...

Os políticos, a quem cabe refletir a opinião de seus eleitores, refluíram, apesar das evidencias escancaradas e documentadas na grande imprensa.

No placar de 40 a favor da permanência e 35 contra , 6 deles se omitiram.

Aos 6 que se ausentaram de suas responsabilidades, com o lavar as mãos, precisamos responder: lavemos as nossas mãos e não os elejamos mais a cargo algum...

É triste ver o senador petista Aloízio Mercadante confessar que se absteve, com que direito o fêz ?

Detentor de meu voto nas últimas eleições ao Senado ele deixou de me representar...

terça-feira, 11 de setembro de 2007

CALDO DE GALINHA E PRUDÊNCIA...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
11.09.07 @ 10:25

Se é certo os caminhos trilhados ( e geralmente incompreendidos e criticados pelos mais apressados) pela área da Política Econômica do Governo Lula ter-se mostrado coerente com as oscilações internas e, principalmente externas, que possam nos atingir, visto que não somos uma ilha e vivemos em um contexto de economia globalizada, cautela com os tremores norte-americanos não será demais...

A taxa básica Selic chegou aos píncaros de 26,5% em passado recente, e, hoje, está em 11,25%, precisando cair ainda mais, até ficar em um patamar civilizado e reduzir de maneira substancial o pagamento de juros desviados dos investimentos necessários para alavancarmos nosso crescimento.

A grosso modo, poderíamos fazer uma analogia com o ato de dirigir em um trânsito caótico como o da cidade de São Paulo, ou de qualquer metrópole.
Não basta dirigir para si, é preciso antenar-se com os demais ao volante.

O fato de um recuo no consumo interno do mais importante país da economia mundial, evidentemente, deve preocupar aos demais.

Os EUA são responsáveis pelas exportações que dinamizam economias satélites, entre elas temos significativa participação.

As alvíssaras anunciadas, onde o crescimento do PIB previsto pode superar os 5 % estimados não deve ser menosprezado com o nosso eterno ceticismo, afinal, há quanto tempo o Brasil não apresenta crescimento tão expressivo ?

Caldo de galina e prudência são recomendados, mas os números atestam uma nova fase, a do crescimento sem sustos e sem pirotecnias...

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

ARRECADAÇÃO: A PREVISTA E A REAL

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
10.09.07 @ 12:16

No Brasil, ao ditado que de louco, médico e poeta, todos tem um pouco, eu acrescento as qualidades também de técnico de futebol e economista...

Sobre o futebol basta apurar os ouvidos e ouvirem palpites para todos os gostos, quanto à economia, apesar de comermos gato por lebre, continuamos palpitando sempre.

As informações de que a carga tributária se equivale à sonegação, na casa dos 30% do PIB, e os conselhos de que poderíamos abaixar os impostos e evitarmos a sonegação. Pode ser verdade ou não...

Quem me garante que impostos menores deixariam de ser sonegados apenas por serem possíveis de serem pagos? E a tal cultura do “levar vantagem em tudo?”

Torço para que seja verdade essa assertiva, afinal, justifica-se o “jeitinho” no dia-a-dia : - Com nota ou sem nota ? Na indústria e no comércio; Com recibo ou sem recibo ? Nas profissões liberais. Tudo sob o silente discurso de que o Estado é caro ao contribuinte e perdulário em suas despesas...

Ninguém foge, contudo, dos impostos imbutidos nos produtos que consumimos e, o que é pior, se estão no cômputo do preço e não são repassados ao erário, alguém leva vantagem e em desvantagem de quem consome, sendo sempre o Estado o vilão...

Costumeiramente acusamos o Estado de não suprir as necessidades elementares e constitucionais, faltando sempre verbas para a Saúde, Educação, Infra-estrutura, etc,etc... independente de governos desde que o Brasil é Brasil...

Toda a receita que cai nas mãos do Estado não sai mais. Tai a CPMF, que de provisória vai permanecendo como definitiva, dessa arrecadação o governo não quer ( ou não pode) abrir mão.

Se pensam que tem alguém no parlamento interessado com o fim da mesma, enganam-se...

Quem hoje está na oposição ( PSDB e DEM), ontem era situação e sonham em ter em breve o Poder de volta, e quanto mais recursos na arrecadação melhor para o governante de plantão.

O que nos resta como sociedade civil organizada é exercemos pressão para que os recursos advindos da CPMF retornem aos propósitos de origem, a Saúde.

Mas, o que verdadeiramente precisamos é de deixar a hipocrisia e a conivência com os ralos que desviam verbas para recursos necessários, nos educarmos como cidadãos e não sermos condescendentes com tais práticas, em detrimento do interesse de todos nós...

Ou seja, como no ditado: em casa que falta o pão todos reclamam e ninguém tem razão

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

EMBARAÇO NO DIA DA INDEPÊNDENCIA ?

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
07.09.07 @ 13:51

Salvo perfumarias da mídia, sempre afoita para fomentar polêmicas e manter o interesse de incautos, se o que noticiam for vero temos um incidente a superar...

A publicação de um livro de memórias sobre a tortura nos anos de chumbo parece que incomodou os quartéis, movimentando alguns oficiais de Alta Patente...

Por que será tanto incômodo ?
O Brasil foi leniente com o seu passado, já imaginou se estívessemos na Argentina, onde ditadores foram a julgamentos e até presos ? Isso para não lembrar o Chile...

Felizmente ( ou não) não fustigamos o passado para reabrir feridas mas por interesse histórico, resgatarmos nossa trajetória para ilustrarmos a lógica de uma sociedade no decorrer dos tempos..

É sempre bom lembrar o óbvio, constitucionalmente, o presidente em chefe das forças armadas é a figura investida na magistratura do cargo presidencial, democraticamente eleito ( e reeleito) pela livre vontade do escrutínio popular...

Portanto, aos incomodados, é bom frisar, quem não gostou que coma menos, não vivemos,felizmente, num regime ditatorial de triste lembrança...

O Ministro da Defesa, no uso de suas atribuições, falando em nome do Governo, tem toda a autoridade para tomar medidas, ainda que duras, aos eventuais descontentes.

A sociedade civil não tem saudades do arbítrio e da intolerância, amamos as Instituições Republicanas, de modo que " quarteladas", se existirem, lembrarão mais os pastelões anedóticos de cinema de pornochanchadas...

Para os insistentes, o rigor da disciplina tão defendida em seus quadros, ou seja, as punições devidas.

Viva a democracia ! Sê insatisfeitos que votem contra, defenestrem o Governo... pelas urnas !!!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

BANCO DO BRASIL: PÚBLICO OU PRIVADO ?

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
05.09.07 @ 18:26

A pergunta é : que diferença faz para o correntista, visto que em ambas as situações o sistema é caro e abusivo ?

Poderíamos argumentar que um Banco Público pode realizar uma concorrência dentro de um mercado livre oferecendo opções melhores à população, muito bem assim, mas será isso o que acontece ?

Em atendimento, o público e o privado em nada difere. Ambos são impessoais, com tarifas abusivas e funcionalismo indiferente à população postada em intermináveis filas...

Cada vez mais informatizado, cada vez menos personalizado. Falamos e nos correspondemos com máquinas programadas, exceção é quando somos atendidos por alquém em carne e osso, isso quando não nos remete a outro setor, que , por sorte, será atendido também por um humano...

Não basta mais o discurso ideológico, o tal do patrimônio público intocável, não que eu defenda a privatização do Banco do Brasil ou da CEF, mas temos que cobrar uma contra-partida, afinal, se é nosso, do Estado, que vantagens temos como cidadãos ?

Os Entes públicos federais ou estaduais são mais benevolentes à população em suas políticas de crédito ?Alguém sabe o que significa ser 'empreendedor" em um País com um sistema bancário que prefere emprestar ao governo, através de seus títulos de dívida interna, do que emprestar para a iniciativa privada, que falece precocemente por falta de capital de giro ?

Não fossem as figuras das " factorings" para agilizar as transações de crédito, o sistema bancário é inoperante e inacessível e talvez as pequenas e médias empresas não tivessem nenhuma longevidade, atoladas em legislações anacrônicas, caras e impraticáveis.

Não temos, em suma, um sistema bancário ágil e eficiente para propulsar empreendimentos. Os Bancos ainda preferem a mamata de rolar a dívida do governo, sem correrem maiores riscos. O ganho inflacionário foi substituído pelos serviços da dívida pública e pelas extorsivas taxas empurradas goela a baixo dos correntistas.

É oportuna a questão. Como cidadãos, que queremos a manutenção de empresas públicas, que tal começarmos a cobrar o que elas significam em retorno para o coletivo, ou será que atendem a somente uma casta de seletos funcionários, com benefícios inacessiveis aos demais mortais da tal " iniciativa privada " ?

Se for assim, tanto faz o público ou o privado !

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

NEM SÓ DE MÁS NOTÍCIAS VIVE A IMPRENSA PÁTRIA...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
03.09.07 @ 17:29

No frigir dos ovos, temos algumas comemorações.

No plano ético a decisão do STF de aceitar a denúncia do Procurador Geral, respaldada em informações apuradas nas CPIS, que por tanto tempo haviam caído em desgraça perante a opinião pública desacreditada de seus resultados...

A aceitação da denúncia e a abertura do processo significou autonomia do Poder Judiciário em apurar responsabilidades em iminentes figuras do primeiro mandato do atual governo...

A decisão do STF não passou despercebida pela imprensa internacional, que assistiram um País maduro enfrentando suas questões com respeito às suas Instituições...

Não passa despercebido, também, a suspensão, pelo Conselho Nacional do Ministério Público, nesta segunda-feira, da decisão do Órgão Especial do M.P. estadual de São Paulo, que não só reintegrava aos seus quadros o jovem promotor que assassinou um jogador de basquete e feriu outro, desferindo 12 balas contra os mesmos, como conferiu ao agressor o foro privilegiado e a manutenção do salário de R$ 10,5 mil reais mensais...

No plano ecônomico, a balança comercial registra novo recorde em agosto e, o emprego na indústria, acumula alta de 3,5%...

A crise que sacudiu os mercados no planeta respingou de longe em nós, a Bovespa volta a fechar em alta e o dólar retoma os patamares inferiores a 2,00 reais...

No auge do turbilhão, o Brasil ficou mais perto de conseguir o atestado de economia saudável para os investidores...